sábado, 15 de outubro de 2011

Estrelas cadentes, meteoros e meteoritos!


Se você já olhou para cima por um breve período em uma noite clara (céu limpo e estrelado), provavelmente você já deve ter visto uma “estrela cadente” cruzando o céu noturno – e talvez você tenha feito até um pedido!

Este fenômeno ocorre quando um fragmento rochoso que muitas vezes tem menos de um milímetro de diâmetro penetra na atmosfera terrestre viajando a altíssimas velocidades, a fricção dessa partícula contra os gases da atmosfera é tão intensa que sua superfície começa a brilhar devido ao calor gerado. O resultado desse processo é a “estrela cadente”, uma linha brilhante de fogo que durante poucos momentos resplandece no espaço.

Cientificamente as “estrelas cadentes” são designadas meteoros. Derivam de corpos celestes maiores como cometas e asteroides e até planetas que por vários processos de desagregação podem liberar tais fragmentos, ou podem também provir de “restos” da formação do sistema solar.


Como já citado esses fragmentos em sua maioria são fragmentos minúsculos com poucos milímetros ou menos, mas alguns possuem diâmetro de centímetros e podem formar excepcionais brilhos traçantes no céu. Apenas de vez em quando um fragmento “gigante” possuindo vários centímetros ou mais, penetra na atmosfera causando espetaculares “bolas de fogo”. Alguns são chamados de bólidos e assinalam sua entrada na atmosfera com grandes explosões.


Os meteoros são demasiados pequenos para refletir a luz do Sol assim como fazem a Lua e os planetas. Portanto só são detectados quando entram na atmosfera terrestre e se tornam incandescentes. Os fragmentos começam a brilhar por volta de 100 quilômetros da superfície da Terra. Geralmente queimam-se por completo a uma altura de 80 quilômetros e sua trajetória de luz cessa bruscamente. Os fragmentos maiores que causam as espetaculares “bolas de fogo”, no entanto, são visíveis a alturas mais próximas à superfície terrestre.

É uma sorte para nós habitantes da Terra que a maioria dos meteoros não tem a menor chance de sobreviver ao seu mergulho suicida na atmosfera terrestre. Caso contrario, a superfície do nosso planeta seria bombardeada continuamente por partículas e fragmentos em grandes velocidades.

Em alguns casos, há corpos de tamanho superior que resistem à entrada em nossa atmosfera e por ventura colidem com a superfície terrestre. Estes são denominados então meteoritos. Seu tamanho em solo pode varia desde milímetros até metros de diâmetro com varias toneladas em peso. Provavelmente o meteorito que produziu a cratera do Arizona nos EUA é um dos maiores que se têm registro.

Esta cratera tem diâmetro de mais de um quilometro e profundidade de 180 metros. Apesar das tentativas no sentido de localizar o meteorito, não foi encontrado nenhum grande fragmento de meteorito. Provavelmente seu contato com a superfície o tenha destruído.

Outro evento em que um corpo celeste de grandes proporções atingiu a Terra foi o caso da gigantesca explosão de Tunguska em 1908 quando uma onda de choque milhares de vezes mais forte que a bomba de Hiroshima, devastou milhões de árvores em mais de 2.000 km² de floresta. (não se sabe ao certo o que causou a grande onda de choque).

Enfim, da próxima vez que você fitar o céu e observar uma “estrela cadente” riscando o céu com seu brilho esplendoroso, você pode até fazer seu pedido, mas agora você sabe que não se trata de uma estrela e que não há nada de magico (apesar de incrível) nesse fenômeno, trata-se apenas de um meteoro penetrando a atmosfera terrestre.

Autor/Edição: Alan Bronny - Perdidos no Infinito

Referenciais:

TEIXEIRA, W. et al., Decifrando a Terra.

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